Após quatro dias de intensificação, o confronto entre Irã e Israel segue com ataques aéreos e mísseis; tensões crescem com envolvimento indireto dos EUA. Guerra aberta no Oriente Médio reacende temores globais, enquanto civis enfrentam evacuações, infraestrutura sob ataque e pressão diplomática internacional.
Origem e primeiros ataques
O ponto de partida deste conflito foi em 13 de junho de 2025, quando Israel desencadeou a Operação Rising Lion, lançando uma série de ataques massivos com cerca de 200 caças, atingindo mais de 100 alvos militares, incluindo instalações nucleares em Natanz, centros de comando e depósitos de mísseis, conforme relatado por agências como Reuters e The Guardian. O Irã confirmou a morte de líderes do IRGC e cientistas nucleares, atingidos nos bombardeios.
Em resposta, o Irã lançou uma série de ataques com drones e mísseis balísticos em várias ondas, atingindo áreas urbanas de Israel como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. O conflito rapidamente escalou para uma guerra aérea, com Israel reivindicando que abateu parte significativa das ameaças e obteve “controle parcial do espaço aéreo sobre Teerã”, segundo informações do Reuters e The Guardian.
A sobrevivência dos civis e impacto nas populações
O lado humano do conflito está cada vez mais evidente com evacuações em massa. Em Teerã, milhares de moradores fugiram de áreas sob provável ataque, segundo a Associated Press. Estação de metrô e ruas ficaram lotadas; muitos relataram falta de sinal de internet e bloqueios em aplicativos de mensagens, conforme registrado pela NPR.
Em Israel, sirenes antiaéreas soaram em várias cidades, aldeias ao norte e até nos arredores de Tel Aviv. Embora o número de vítimas refira cerca de 24 civis mortos e mais de 500 feridos em ataques iranianos, o serviço militar afirmou que sistemas de defesa, como a “Cúpula de Ferro”, interceptaram a maioria das ameaças.
As autoridades israelenses fecharam a embaixada dos EUA em Jerusalém, cancelaram voos e ativaram alertas para civis se protegerem em abrigos, de acordo com cobertura da Reuters e do Jerusalem Post.
Envolvimento dos EUA, diplomacia e riscos regionais
Os Estados Unidos passaram a adotar postura firme: o presidente Trump exigiu a rendição incondicional do Irã e posicionou navios de guerra no Golfo enquanto autorizava ações defensivas para Israel, segundo Reuters e Wall Street Journal. Trump também disse que sabe onde está o aiatolá Khamenei, mas não pretende atacá-lo “por ora”, conforme noticiado pela Times e AP News.
Embora o norte-americano se aproxime de Israel na escalada, no momento seus militares atuam majoritariamente na defesa, interceptando mísseis iranianos. Ainda assim, há movimentação de porta‑aviões e reforço de interceptadores na região. No Congresso dos EUA, cresce o debate sobre a necessidade de autorização para ações ofensivas, conforme comentado em reportagens da Reuters.
Além dos EUA, líderes do G7 manifestaram preocupação e pediram moderação. França, Alemanha, Reino Unido, China e ONU apelaram por cessar-fogo imediato, relata a BBC Brasil. Ao mesmo tempo, o Irã advertiu que pode abandonar tratados nucleares internacionais — incluindo o TNP — caso os ataques sigam, segundo relatos do Guardian.
Cenários futuros e consequências globais
Analistas indicam três possíveis caminhos daqui:
- Guerra curta, se Israel alcançar objetivos específicos como destruição de capacidade nuclear e mísseis iranianos
- Conflito prolongado, com envolvimento de Hezbollah, Síria, Iêmen ou outras forças regionais pressionando ambos os lados
- Guerra híbrida, combinando ataques aéreos, cibernéticos, drones e ações indiretas por procurações
A capacidade militar do Irã já mostra sinais de desgaste. Estimativas do Instituto para o Estudo da Guerra apontam que Teerã perdeu cerca de 40% de seus lançadores de mísseis, reduzindo a frequência de ataques, conforme informado pelo New York Post.
A guerra afeta também a economia global: os preços do petróleo dispararam entre 7% e 11%, conforme declaração do International Energy Agency e cobertura do LiveMint. O bloqueio parcial e o medo em rotas de navios no Golfo incentivam especulações sobre energia e mercado mundial.
Resumo final
O conflito entre Irã e Israel entrou em uma fase mais intensa com ataques aéreos, mísseis balísticos e retaliação cibernética. Civis foram evacuados, cidades sofreram danos, e líderes globais apelam por contenção. Os EUA estão envolvidos sob pressão, diplomacia e fortes interesses econômicos entraram em jogo.
Se Israel conseguir atingir os alvos críticos, pode impor retrocesso ao avanço iraniano. No entanto, há risco real de prolongar o guerra ou expandir o teatro para outros países da região.